Coati (Nasua nasua)

Nos úlimos anos o coati (Nasua nasua), onívoro da família Procyonidae vem modificando seus hábitos alimentares na área das Cataratas do Iguaçu. Acostumados na natureza a se alimentarem de frutos, artrópodes, répteis, aves e outros, tem atualmente incluído em sua dieta batata-frita, sorvete, refrigerante e outras mazelas digestivas. O que mais nos impressiona é que apesar deste sério problema de ordem alimentar para estes animais, a Concessionária que atua no PNI continua comercializando estas " guloseimas" na trilha das Cataratas. O pior ainda é que este comércio tem o consentimento do IBAMA. O que mais dizer?

O que sabemos é que em uma caminhada de 1 hora ou 1:30 nenhum turista vai morrer de inanição. Então porque se autoriza algo tão antiecológico como este nesta área?

Lepdópteros (borboletas) do Parque Nacional do Iguaçu

O Número de espécies de borboletas para o Parque Nacional do Iguaçu é ainda incerto. No levantamento realizado para o Plano de Manejo do PNI foram identificadas 257 espécies.

" No entanto Hugo Chaves (1995, com. pess.), da Delegação Técnica Regional do Nordeste Argentino (DTRNEA), registrou para a província argentina de Missiones, adjacente ao PNI, o número de 790 espécies de borboletas, enquanto Hayward (1973) diz ter 827 na mesma província. Dessa forma, considerar um número de setecentas espécies para todo o Parque parece bastante razoável, pois tem que ser observado também que a província de Missiones é bem maior e possui grandes áreas de campos naturais com uma fauna toda peculiar".

Excelentes polinizadores, estes insetos são fundamentais para a manutenção de muitas relações ecológicas.

Mantendo o equilibrio: Tucanos e guaxes

No Parque Nacional do Iguaçu ocorrem 5 espécies de tucanos. São aves que auxiliam a manter o equilibrio populacional de outras espécies da avifauna. São onívoros se alimentando de vegetais, invertebrados, ovos e filhotes de aves. As fotos acima mostram o momento de um ataque realizado pelo tucano toco (Ramphastos toco) em um ninho de guaxe (Cacicus haemorrhous). A terceira foto mostra dois filhotes de guaxes em uma das patas do tucano. A quarta mostra o tucano retirando parte do bico de um dos filhotes e a última foto mostra o filhote sendo engolido. Os guaxes constroem seus ninhos em grupos para facilitar a observação e prevenção contra ataques de predadores. Costumam colocar dois ovos e as chances destas aves apos eclodirem chegarem a maturidade são muito grandes. A população destas aves no PNI nos últimos anos tem aumentado significamente na região das Cataratas. Uma das razões é que elas tem buscado pontos próximos a concentração de pessoas para construírem seus ninhos. Cientes que os humanos não representam perigo e ao mesmo tempo inibem a aproximação de aves predadoras, buscam estes pontos para os ninhos. Portanto se observar um ataque de tucano em um ninho de guaxe não interfira, deixe que a natureza siga seu caminho.

Para refletir

beija-flores do PNI

Teiú

Teiú (Tupinambis merianae)

Família: Teiidae

Se distribui pelo Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Animal de hábito diurno, onívoro (possui uma dieta variando de vegetais e animais). É frequentemente encontrado em áreas antropizadas. Utiliza a cauda como membro de defesa golpeando contra os predadores.

Desova entre 20 a 35 ovos; período de incubação de 2 a 3 meses.

Fungos no Parque Nacional do Iguaçu

Muito material orgânico é encontrado no solo da floresta. Flores, Folhas, frutos, sementes, galhos, animais mortos e outros. Todo este material necessita ser decomposto para que não se acumule no chão da floresta e que os nutrientes oriundos desta decomposição sejam absorvidos pelas raízes dos vegetais. Os fungos juntamente com as bactérias são importantes decompositores. Não existem informações quanto ao número de espécies de fungos para o Parque Nacional do Iguaçu. O Micólogo André De Meijer (S.P.V.S.) cita 1512 espécies de macrofungos coletados no Paraná. Os fungos são merecedores de estudos pois desempenham importante papel não somente como decompositores. Participam de simbioses, são bioindicadores, atuam na proteção contra patógenos e outros.

cágado-rajado

Cágado-rajado (Phrynops williamsi)

Família: Chelidae

Ocorre no Uruguai, paraguai e Argentina. No Brasil se distribui nos três estados do sul.

No Paraná ocorre nos grandes rios da bacia do Iguaçu. Na região das Cataratas é facilmente encontrado na área da garganta do diabo.

Cágado com hábitos diurno e gregário (vive em grupo) costuma ser avistado sobre rochas no Iguaçu superior. Sua dieta consiste de invertebrados aquáticos em geral (formas larvais e adultas de insetos e crustáceos), peixes, algas, sementes e outros restos de vegetais (Teixeira & Ribas, 1999). Nas áreas inundadas pela formação dos reservatórios das hidrelétricas, a espécie aparentemente desapareceu. (Fonte Mater Natura - Livro Vermelho da Fauna Ameaçada do Estado do Paraná)

inseto folha

Sempre nos surpreendemos com a natureza. Este inseto mimetiza uma folha protegendo-se assim de possíveis predadores.