Populações Tradicionais e a Flora

É algo realmente fascinante como as antigas populaçoes do Brasil utilizavam a nossa flora. Esta planta é conhecida como cará-do-mato (Dioscorea sp.). Trata-se de uma trepadeira que apresenta um grande tubérculo muito apreciado por cateto (Tayassu tajacu) e queixada (Tayassu pecari).
Algumas espécies do gênero Dioscorea possuem uma substancia conhecida como diosgenina, que é a matéria prima para a síntese de progesterona (hormônio feminino produzido naturalmente pelo corpo-lúteo, nos ovários, sob o estímulo do LH hipofisário, na segunda metade de cada ciclo ovariano). A fórmula do progesterona natural é C21H30O2 e a da diosgenina é C27H42O3. Devido a esta semelhança, cientistas podem fazer um rearranjo de átomos na diosgenina, produzindo com isto, um progesterona sintético.
Esta substancia é utilizada na produção de anticoncepcionais.
Os antigos habitantes do Brasil já utilizavam estas espécies vegetais para o controle da natalidade a milhares de anos. Somente na década de 70 descobriu-se esta substancia para a comercialização de anticoncepcionais.
É importante preservar e respeitar os conhecimentos das antigas populações tradicionais, pois temos muito a aprender com elas.

Rios em torno do Parque Nacional do Iguaçu estão morrendo

A vazão do rio Iguaçu vem diminuindo nos últimos anos. A maior parte dos rios afluentes do Rio Iguaçu, na região do Parque Nacional do Iguaçu se encontra desprovido de suas matas ciliares. Isto facilita a erosão nas bordas dos rios, a sedimentação, assoreamento e a entrada de agroquímicos, diminuindo com isto, a riqueza da fauna e flora existentes nestes rios. O volume de água também é afetado, pois muitas nascentes morrem devido ao assoreamento e a sedimentação.
Devemos reavaliar o conceito de ganhar ou perder. Sempre que questionamos o porquê as matas ciliares não existem nestes rios, ouvimos respostas como: Se plantarmos a mata ciliar que a lei exige, perderemos nossas terras e com isto não teremos espaço suficiente para o plantio. A questão hoje é:
Ganhamos a terra no presente e perdemos a água no futuro ou perdemos a terra no presente para ganharmos a água no futuro?
Devemos reavaliar este sentido de perda e ganho, pois no ritmo e mentalidade que seguimos, não teremos para as próximas gerações, nem terra nem mesmo água.